EFÊMERO
- Lua Malakian
- 12 de ago. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 30 de ago. de 2022
Através da dor percebi como sou tão pequena, e ao perceber meu tamanho, entendi como meu sofrimento é tão insignificante. Pra quê sofrer? Por que sofrer? Não há motivos tão sólidos assim. É minha alma? Sim. É o meu coração? Também. Mas o que isso importa para o universo? Em cem anos mais ou menos, ninguém da nossa geração estará mais aqui. Seremos poeiras perdidas no esquecimento eterno desse universo em expansão que um dia voltará a se comprimir, e nem mesmo as galáxias majestosas com todo seu poder e imponência sobreviverá. Tudo no Universo está em movimento, girando, em espiral, inspirando e expirando.
Por isso, não existe valor em chorar ou sofrer por alguma coisa. Tudo passa e nunca mais volta, principalmente nós mesmos. Entendendo a inconstância e impermanência da nossa existência, podemos apreciar de verdade o momento presente, as pessoas que nos cercam, as coisas que damos valor porque elas existem naquele momento. Podemos largar tudo e ir atrás do que queremos. Porque é isso que importa. Não há porque permanecer com aquilo que nos faz mal. Desamarrar os nós das nossas vidas, das garras da rotina, das ilusões e das esperanças que nos prendem naquilo que não queremos, é dar o verdadeiro valor a vida.
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